Crônicas de Vëlimir
Seja bem vindo, ó nobre aventureiro ~! Que os bardos cantem a vossa glória na jornada que se apresenta diante de ti.

Inscreva-se no universo de Vëlimir e venha vivenciar diversas aventuras ao lado dos Guardiões dos Elementos!

Participe do fórum, é rápido e fácil

Crônicas de Vëlimir
Seja bem vindo, ó nobre aventureiro ~! Que os bardos cantem a vossa glória na jornada que se apresenta diante de ti.

Inscreva-se no universo de Vëlimir e venha vivenciar diversas aventuras ao lado dos Guardiões dos Elementos!
Crônicas de Vëlimir
Gostaria de reagir a esta mensagem? Crie uma conta em poucos cliques ou inicie sessão para continuar.

Conheça o Universo de Vëlimir e divirta-se!

Venha participar do universo de fantasia de Vëlimir no RPG "Os Guardiões dos Elementos"! Torne-se um novo herói ou um vilão e deixe aqui a tua marca ~!

Você não está conectado. Conecte-se ou registre-se

The Lost Paradise

2 participantes

Ir para baixo  Mensagem [Página 1 de 1]

1The Lost Paradise Empty The Lost Paradise Qui Set 15, 2011 6:26 pm

Alaena

Alaena
Admin. Aelin
Admin. Aelin

The Lost Paradise TheLostParadise
-

-

-

Era uma cidade realmente bela. As casas pareciam ser todas revestidas de uma pedra furta-cor com detalhes dourados, as pessoas usavam vetes brancas e douradas. No centro da metrópole havia um castelo alto, feito de puro diamante com detalhes de ouro, aquela cidade irradiava pura luz, aquele lugar era Ancardia, e talvez seja a coisa mais próxima a utopia ou paraíso que o mundo nunca teve ideia.
Dentro do grande palácio, no terceiro piso, havia um jardim com as gramíneas esverdeadas, flores das mais diversas cores e tamanho, no teto, via-se uma cúpula redonda feita de cristais que deixava a luz iluminar o local. No centro havia uma grande fonte com imagens de anjos segurando jarros e dessas coisas nas mãos angelicais, jorrava água cristalina. Naquele lugar paradisíaco, duas pessoas caminhavam e conversavam.

-Minha linda irmã se tornará uma dos quatro arcanjos! -Disse a mais velha, de cabelos loiro claros, presos dos dois lados da cabeça e caindo por suas costas, nas pontas formando leves cachos, dona de olhos lilases e pele branca. Usava os mesmo trajes brancos e dourados das outras pessoas. A mais nova corou.

-N-não Hemera! Sou só uma Serafim comum... - Protestou a pequena. Cabelos loiros claros assim como a irmã, preso desajeitadamente com um laço, usava um vestido simples branco e seus olhos eram prateados, segurava uma boneca de pano.

-Há Hysteria! Você tem olhos prateados! Por Rahab, só os ditos arcanjos os possuem, além de sua mente ser forte ao ponto de você conseguir expeli-la para fora do corpo criando escudos e fazer objetos levitar! –Hemera riu da envergonhada irmã, que logo começou a rir também, mas ambas foram interrompidas por uma voz suave.

-Desculpem-me por interromper, mas está na hora de seu treino, Hysteria. – Falou um homem de cabelos cor de mel, que usava uma venda para cobrir os olhos, tinha também pele clara.

-Sim Mestre Nessiah... – Hysteria abraçou e deu um beijo na irmã, pegou a mão do terceiro arcanjo e saíram do jardim. Hemera sorriu e seguiu na direção oposta.

-•-

Já era noite quando Hysteria jogou-se na sua cama. Estava exausta, de corpo e mente, o treino era duro demais para uma criança. Porque ela nascera para ser uma dos arcanjos, Serafins com maior poder? Seu pai e sua mãe haviam desaparecido após o seu nascimento, olhou para o teto e tentou lembrar-se deles, sem sucesso.

Sua única família era sua irmã mais velha. Deitada na cama e encolhida olhando a parede, nem percebeu quando a porta abriu-se e foi fechada suavemente. Alguém se sentou ao seu lado e afagou-lhe os cabelos loiros.

-Deveria descansar pequena, hoje foi um dia cansativo. – Aquele que falou parecia ser jovem, de cabelos loiros claros quase brancos e olhos prateados. Era Abaddon, o segundo arcanjo. Hysteria virou-se na cama e fitou-o.

-Obrigada Mestre Abaddon... Mas não consigo. – O arcanjo riu de leve e ficou a observar a cidade iluminada através da janela. A criança de oito anos também olhou e esperou o mestre falar.

-Ancardia é mesmo um paraíso, mas sempre existirá dor e sofrimento mesmo em lugares como este...

-Porque por mais que tentemos nada é perfeito. -Concluiu a menina. - Mas esse lugar é belo. Sem fome, sem guerra, sem miséria e todos cooperam uns com os outros, seguindo as leis de Deus. Eu gostaria que isso fosse eterno. - Sonhou a irmã de Hemera. Abaddon a olhou, com uma expressão mais séria no rosto.

-Nada dura para sempre, Hysteria. Tudo começa e termina, até mesmo nós arcanjos acharemos nosso fim. Ancardia um dia vai cair, mas não se preocupe. Se estivermos aqui, talvez possamos mudar o destino. - Abaddon terminou e a pequena suspirou.

-Às vezes, gostaria de não ter tantas responsabilidades. - Admitiu Hysteria.

-Grandes poderes exigem grandes responsabilidades. -O mestre riu. – Vá dormir, pense em todas as pessoas que ama, vai ficar tudo bem. – Deu-lhe um beijo na testa e partiu. E então, a pequena serafim dormiu.

-•-

Quando a porta foi aberta com extrema força, Hysteria despertou assustada, não teve tempo de reagir, pois Hemera a agarrou e desceu correndo as escadarias do castelo, sem parar.

-Hemera! O que está havendo?- Gritou a menina, mas seu grito mal foi ouvido por ela mesma. Um “Crack” como um raio caindo dos céus o sufocou. Hysteria gelou. Não havia tempestades em Ancardia.

No térreo, a mais velha abriu uma porta que tinha mais escadas, descendo até o subterrâneo, no final da escada havia um porta de ferro maciço, mas aberta. Hemera entrou no cômodo com Hysteria onde os quatro arcanjos esperavam-nas.

-O-o que está havendo?- O terror era gigantesco na voz da pequena. A mais velha desabou em lágrimas, mas foi Hector, o quarto arcanjo que tomou a palavra.

-Ancardia está caindo... Caos, o verdadeiro criador de todos os universos e mundos convocou seus guardiões para nos condenar... –Raziel, o primeiro, continuou de onde o quarto havia parado.

-Por termos fé em um deus que não é ele. Infelizmente, nem mesmo eu tenho poder para deter aqueles que estão nos atacando nem seu mandante, fomos sentenciados a morte pequena, mas seu destino Hysteria, somente o seu, é viver. – Ela o olhou incrédula.

-Mas eu não sou assim tão forte... - Tentou argumentar a mais nova, Abaddon sorriu e respondeu.

-Teria sido a maior dos arcanjos. - Justificou o mestre. Hysteria olhou para a irmã mais velha. Hemera a abraçou com força, ambas choravam.

-Hemera, por favor... Não me deixe... -Suplicou a pequena. Separaram-se e a mais velha tirou seu bracelete dourado cravejado de diamantes do pulso e colocou na irmãzinha. Afastou-se e juntou-se aos arcanjos, próximos a porta de ferro que separava aquele pequeno quarto das escadas e antes de partir, Hemera disse uma última frase a irmã:

-Viva Hysteria... Por todos nós. – A porta foi fechada e pela primeira vez, a pequena serafim sentiu seu mundo ruir.

-•-

Ninguém vinha salvá-la. Havia se passado horas, ou dias. Ela se trancafiara tão profundamente na própria mente que havia perdido a noção do tempo. Pouco a pouco Hysteria foi recuperando a consciência e quando finalmente conseguiu se colocar de pé, um vento congelante pareceu perfurar sua alma.

A porta estava aberta. Hesitante, a serafim subiu as escadaria com medo e frio, quando chegou ao pátio central do castelo, seus olhos inundaram-se de lágrimas. Caminhou ao lado de fora e observou –chorando- as ruínas de seu mundo.

Agora o castelo parecia feito de gelo e trevas, no lugar da cidade, apenas ruínas num grande deserto congelado. Hysteria gritou por alguém, mas não havia ninguém para ouvi-la, quando já perdia a esperança, uma voz inundou o paraíso arruinado.

-Então, um sobreviveu... - E riu. A garota olhou ao redor, mas tudo que via eram ruínas.

-Quem é você?- Perguntou para quem quer que fosse, entretanto, o temor era visível em sua voz.

-Eu sou o tudo, e ao mesmo tempo o nada. A criação e a destruição, a vida e o vazio, o começo e o fim. Eu sou Caos, Hysteria Aries Arcalimë. –A voz foi fria. Cada nome seu que Caos disse, Hysteria sentiu como se levasse uma chibatada. - Ordenei aos meus guardiões que não deixassem sobreviventes, mas sua mente é forte demais para ser percebida com facilidade, nem mesmo eu consigo lê-la. – Mais risadas da parte dele. – Uma menina destinada a ter um poder maior que o dos arcanjos, mas sem poder alcançar seu máximo, isso implicaria em sua própria destruição. Somente os arncajos saberiam como evitar isso, mas estão mortos. - A menina olhou para o chão.

-Pouco importa, eu só quero morrer... – Lágrimas caíam dos olhos prateados. Caos gargalhou com ainda mais vontade.

-Morrer? Acho que não criança...- Uma esfera negra envolveu Hysteria que tentou sair, em vão.- Estás condenada a viver para sempre! Carregara eternamente o fato de ser a única sobrevivente de um mundo morto... Água, Fogo, Terra, Ar, Luz e Escuridão. Meus guardiões, eles destruíram sua Ancardia... – A esfera desapareceu, e quando pousou no chão, piscou atordoada.

Inclinou o corpo e pegou do chão um objeto cortante e cortou o pulso, mas em instantes, não havia qualquer sinal do ferimento. Chorou porque agora, estava incapaz de encontrar o descanso eterno.
Voltou ao castelo e procurou o corpo de Hemera, o encontrou com um buraco no tórax. Talvez, só talvez, pudesse dar certo. Colocou as mãos no cadáver e segundo depois, o corpo de Hysteria caiu no chão, imóvel, frio e branco. A ferida no peito da irmã mais velha sarou e seu seus olhos se abriram, cor de prata e não roxos. Tentou cortar o corpo original e o de Hemera -onde estava sua mente- mas ambos cicatrizaram numa velocidade absurda.

A essência daquela magia era que enquanto o corpo original não tivesse nenhum dano grave, a transferência se manteria intacta. Se o corpo original levasse uma facada no peito, o usuário não importa em que corpo estivesse, iria morrer. Hysteria percebeu que somente quando quisesse poderia quebrar a magia.

Caminhou até o topo do castelo, onde encontrou uma cachoeira de água corrente. Jogou o corpo dentro dela, e a água congelou, era resistente como diamante a prisão, mas seu corpo era facilmente visível.

Já distante de seu antigo lar, Hysteria olhou para Ancardia e fez sua promessa:

-Eu destruirei para sempre esses malditos poderes!- Gritou com uma única lágrima correndo na face.

Havia coisas que jamais deveria ser descobertas, para sempre esquecidas. Naquele paraíso decrépito, existiam coisas que se despertassem, destruiriam todo o universo. Ela queria poupá-los de tais coisas e selou seu mundo e seu corpo original, para ninguém além dela poder abrir.

Entretanto, um abismo se abriu abaixo de seus pés, e ela caiu uma queda quase sem fim, fechou os olhos e esperou o baque, que nunca veio.

E quando abriu os olhos e observou o local onde estava um grito de desespero saiu de sua garganta.

Ela estava presa entre as dimensões.


http://millicentbulstrode.tumblr.com

2The Lost Paradise Empty Re: The Lost Paradise Dom Set 18, 2011 3:19 pm

Takeru

Takeru
Divindade

Gostei <3 Bem detalhado e com bastantes pormenores ~
Os arcanjos são Raziel, Hector, Abaddon e Hysteria né ?

3The Lost Paradise Empty Re: The Lost Paradise Seg Set 19, 2011 6:37 pm

Alaena

Alaena
Admin. Aelin
Admin. Aelin

Raziel, Abaddon, Nessiah e Hector. A Hysteria IRIA ser XD

http://millicentbulstrode.tumblr.com

Conteúdo patrocinado



Ir para o topo  Mensagem [Página 1 de 1]

Permissões neste sub-fórum
Não podes responder a tópicos