As borboletas têm dois pares de asas membranosas cobertas de escamas,
que apresentam as formas e cores mais variadas, além de peças bucais
adaptadas a sucção. Distinguem-se das
traças (mariposas) pelas
antenas rectilíneas que terminam numa bola, pelos hábitos de vida diurnos, pela
metamorfose que decorre dentro de uma
crisálida rígida e pelo
abdómen fino e alongado. Quando em repouso, as borboletas dobram as suas asas
para cima. Durante a fase de lagarta, elas alimentam-se vorazmente e
criam reservas alimentícias. Quando a larva está pronta para virar
crisálida (estado intermediário por que passam os lepidópteros para se
transformarem de lagarta em borboleta), dependuram-se numa folha por um
par de falsas pernas, de cabeça para baixo, assim que a pele de suas
costas se abre, a larva se sacode e surge uma crisálida. As adultas
vivem dessas reservas e complementam sua dieta absorvendo o néctar das
flores e os sucos das frutas. Dispõem de um órgão especial, a
espirotrompa - tromba espiralada, formada pelas maxilas, no aparelho
sugador de insetos lepidópteros - que em repouso permanece enrolada
formando uma espiral e que se estende quando querem sugar o néctar. A
fase adulta pode durar de 2 semanas a 3 meses dependendo da espécie.