Como todos sabem, alguns personagens do RPG cresceram em localidades e mundos peculiares, ou passaram por eles em suas aventuras. Que tal nos mostrar esses locais e falar um pouco sobre eles?
Valíria, A Terra de Fogo e de Dragões: No passado, no meio do oceano, havia um arquipélago de ilhas vulcânicas. Aquele lugar era um ambiente extremamente hostil, com seus rios de lava, temperaturas escaldantes e fumaça; no entanto, também se mostrava uma fortaleza praticamente impenetrável, pelo oceano, o litoral era coberto de rochas, escondidas pelo constante fumaceiro, conhecidas apenas pelos nativos, e pelo ar, as altas montanhas vulcânicas tornavam o clima nos céus insustentável para qualquer ser normal. Entretanto, Valíria não era um lugar desabitado. Pelo contrário, naquele arquipélago viviam uma das criaturas mais antigas, sábias e poderosas do mundo: dragões. Eles dominavam os rubros céus, dormiam nas montanhas de rocha negra, nadavam nos rios naquela pequena nação oceânica de meio ambiente singular. Algumas pessoas extraordinárias tinham a capacidade de sobreviver às condições ambientais de Valíria, e construíram uma pequena civilização lá. Alguns dragões mais elevados tinham a capacidade de adquirir uma forma humana, e com ela, cruzaram com os habitantes , e dessas relações nasceram crianças especiais, com mais resistência e mais vigor do que o normal e receberam um nome: Draconianos, alguns sendo capazes de assumir a forma de um dragão. Contudo, não havia um governo centralizado, eram várias cidades-estados que dividiam tradições e deuses em comum. Isso mudou quando essas tribos começaram a entrar em guerra e Behemot, Deus Dragão Governante, decepcionado com o rumo que os Draconianos tomaram, resolveu exterminá-los. Uma jovem inocente e pura, Naerys, desesperada para salvar sua família, se ofereceu ao Deus em troca da salvação de sua amada terra. Behemot, comovido com a coragem e pureza da garota resolveu aceitar a sua oferta, cessou seu ataque incessante às tribos, pela primeira e única vez tomou uma forma humana e possuiu Naerys. Meses depois, ela segurava uma criança em seus braços, a quem chamou de Maegor, aquele que quando se tornou adulto levantou a espada e guerreou contra as cidades-estados, unindo-as sobre o sobrenome que adotou para si: Targaryen. Anos se passaram, a família reinando sobre o lema "Fogo e Sangue", casando irmão com irmã, e primo com prima para manter a linhagem pura, embora isso não se mostrasse realmente um prolema devido à genética deles. A religião tinha como entidade suprema o Deus Behemot, representando o equilíbrio entre o bem e o mal: Baelor, Dragão do Alto Céu e Brongaa, Dragão do Purgatório. A economia de Valíria baseava-se no comércio, e em algumas partes da nação os Draconianos conseguiram plantar comida o suficiente para alimentar seus membros; sua cultura, militar. Um dias, séculos depois, a condenação chegou. Não há registro do que aconteceu, só especulações: um terremoto, chuva de meteoros, alterações climáticas. Ninguém sabe, os registros foram perdidos, e apenas os Targaryen sobreviveram para carregar o legado do seus ancestrais.
Ancardia, O Mundo Destruído pela Ira de Caos: Rahab, Deus da Sabedoria e da Justiça criou, ao mesmo tempo que o mundo dos deuses um lugar ao qual nomeou Ancardia. Uma terra bonita, de rios calmos, de terras e colinas sempre verdejantes e férteis, com grandes florestas e diversificada vida selvagem. Era um lugar esplêndido para qualquer civilização se desenvolver. O deus criou um povo, de feições e cores claras, chamados de Serfins. Para guiá-los para o caminho da luz e da justiça, usou da sua própria essência para criar três entidades de poder esplêndido, dotadas de longas asas de anjo e únicos olhos prateados, os Arcanjos: Raziel, Abaddon e Nessiah. Esses três construíram um castelo de diamante, que resplandecia sobre o brilho do sol divino, sendo considerado a maior representação da autoridade divina. Por milênios Ancardia foi uma terra de eterna paz, sem conflitos, sem guerras, todos vivendo em condições de igualdade, sem miséria, distribuindo seus ganhos uns com os outros. De certo ponto de vista aquele lugar seria considerado uma Utopia, a sociedade perfeita. Contudo, a perfeição é um ideal, porque todas as qualidades positivas geram uma negativa: o povo não tinha ambição, vontade de crescer e inovar, já que em sua mente tudo estava perfeito. Isso fez com que fosse uma sociedade estagnada, sem muito avanço em áreas básicas como a tecnologia e a medicina, sendo tudo muito primitivo; uma ironia, visto que o deus a quem cultuavam, Rahab, representava a sabedoria. Um marco na história do mundo foi o nascimento de uma criança com olhos prateados, a marca dos arcanjos: uma garotinha chamada Hysteria. O nascimento daquela menina, na época foi recebido com celebrações e harmonias, mas o verdadeiro significado por trás dele era o prelúdio para o fim dos dias pacíficos, porque Hysteria era o arauto da queda do paraíso. Caos, o primeiro ser do universo, senhor do tudo e do nada, olhou para o povo de Ancardia com ódio: como um dos primeiros mundos, eles deveriam curvar-se diante de sua vontade, de seus princípios; no entanto, optaram por Rahab, aquele que criou o mundo, pporém, não quem deu a luz ao universo. Ele falou com o outro Deus, mas este nada pode fazer para mudar o que já fora decidido pelos seus habitantes. Caos, ignorando a vontade de Rahab, invocou entidades elementais, não propriamente guardiões, mas seres controlando os Elementais Corrompidos, ou seja, os elementos em sua versão mais destrutiva e partiu para destruir Ancardia. Somente Hysteria sobreviveu, devido ao seu excepcional poder mental e ao sacrifício de sua irmã, e como punição, Caos a tornou imortal, selando quase todo seu poder e obrigando-a a caminhar eternamente pelos mundos, carregando o peso da culpa sobre seus ombros, procurando desesperadamente por sobreviventes que não existiam. O paraíso foi perdido e no fim só restou um mundo de gelo e trevas, com recorrentes tempestades de neve, e os corpos dos mortos caídos no chão, assombrado pelas vozes dos mortos gritando desesperados por socorro. Hysteria selou o mundo de Ancardia de modo que ninguém jamais voltasse aquele mundo condenado, pois há certas coisas que devem ficar perdidas para sempre. No centro mundo, onde antes se estendia o castelo de diamante, aprisionado num pilar místico de gelo, o corpo da última sobrevivente se encontra, acorrentado para sempre ao seu decrépito mundo.