Vincëz nasceu em uma família de classe média de Issylia que era, em todos os aspectos, normal. Seu pai tinha um bom emprego que provinha uma vida estável e confortável para a família, sua mãe era doce e carinhosa, e passava seus dias cuidando de Vincëz e sua irmã. Sua irmã, dois anos mais nova que ele, tinha-o como um ídolo acima de tudo e Vincëz fazia o seu melhor para se fazer digno de tal. Vincëz em si era um garoto determinado e bondoso, não era o melhor na escola, mas não causava problemas, ele gostava de jogos e esportes, tinha certa facilidade com computadores e odiava vegetais, porém gostava de frutas, de todos os ângulos que se pudesse observar, ele parecia um garoto comum com uma grande dedicação à sua irmã.
Ser o 38º guardião das trevas não o afetou muito primeiramente, na realidade, ele não tinha conhecimento de que era tal guardião, não prestava atenção nessas coisas e considerava qualquer tradição chata, preferia brincar com os seus amigos e sua irmã.
Porém, os tempos mudam, e assim fizeram. Começou com uma mudança para uma pequena cidade desconhecida por ele, chamada de Ni-Sathrès e logo algumas brigas entre os seus pais, em pouco tempo e cruelmente, sua irmã se distanciou repentinamente, as brigas se escalaram com o tempo, se tornando piores e piores, enquanto a garotinha que outrora não deixava o seu lado parecia ter deixado o lado dos vivos, ele estava confuso, não sabia o motivo das brigas de seus pais ou do distanciamento de sua irmã, se sentia estranho e não conseguia entender, porém, ele não era facilmente abalado, e com a determinação de que tudo ficaria bem se ele conseguisse suportar tudo, ele endurou tudo, até um ponto. Este ponto foi o seu de mais alta determinação, não agüentava mais ver a desolação por sua casa, não agüentava mais ver a tristeza de sua irmã, ele sabia que as coisas não melhorariam, mas sabia que podia fazê-las melhorar, ou pensava, ele decidiu que iria ser novamente o herói de sua irmã, ele decidiu que naquela manha iria trazer sua irmã de volta, que iria descobrir o que havia acontecido, iria mostrar que nenhum problema é grande demais para sempre e que a faria sorrir novamente como jamais havia feito. No mais alto ponto de sua determinação, ao abrir a porta, ele observou a costa nua de sua irmã enquanto ela retirava seu pijama, e nela estavam tantas feridas quantas estrelas no céu, Vincëz não sabia como lidar com aquilo, ele não sabia da maldade que existia no mundo, não sabia que alguém seria capaz de fazer algo assim, com sua pequena irmãzinha, ele apenas soltou a porta e observou em choque o estado de sua irmã, que ao perceber que ele estava lá, tentou futilmente cobrir suas costas com o que fosse possível, ao indagar sua irmã, Vincëz recebeu apenas pedidos de silêncio desesperados, de que não deveria falar sobre aquilo com ninguém, tentando ao máximo não dizer nada que pudesse machucar seu irmão, porém, uma garotinha não sabe exatamente como se manter calma, então a frase que piorou tudo foi solta: "NÃO CONTE PARA NINGUÉM, OU PAPAI IRÁ-". Ela se impediu de continuar, porém já havia sido o suficiente, ninguém iria fazer tal coisa com sua pequena irmã, nem mesmo seu pai, Vincëz pensava, mas, o que ele faria? Era seu pai, ele não podia fazer nada contra seu próprio pai, não era apenas seu próprio pai, também era maior, mais forte, ninguém acreditaria em uma criança como ele, e tudo acabaria pior para sua irmã, além do mais, era quem trazia dinheiro para a casa... Foi o que ele pensou, porém, as brigas e o abuso haviam começado quando seu pai havia perdido o emprego e passara a gastar suas tardes bebendo, mas não apenas ele, próximo da pequena cidade de Ni-Sathrès, o primeiro dos Corações de Ethwan havia se apagado, e a loucura se espalhava.
Vincëz iria tardar a descobrir sobre os Corações de Ethwan, porém não demorou a descobrir sobre seu pai, pois passara á usar seu tempo para seguir seu pai e descobrir como o impediria de abusar de sua irmã, mas a descoberta disso não foi o único fruto de seu esforço, infelizmente, nem todos os frutos são doces: Enquanto seguia seu pai, ele entrou no caminho de um grupo três de delinquentes, muito mais violentos pela destruição dos Corações, o que Vincëz iria descobrir mais tarde, dois deles decidiram se divertir um pouco com o garoto, enquanto o outro, um pouco mais baixo do que os outros dois, porém ainda mais alto do que Vincëz, com um longo cabelo e um manto, que possuía certa aura estranhamente calma, porém de superioridade, que não parecia ter sido afetado pela loucura, o resto do dia foi passado por Vincëz no chão, recebendo golpes dos dois delinquentes enquanto os mesmos riam, enquanto o outro observava com certa tristeza. Ao voltar para casa tentando imaginar o que diria para esconder o que havia acontecido, ele chegou para presenciar seu pai abusando sua mãe de uma forma que ele não compreendia, então correu para o seu quarto sem deixar ser percebido, após tudo o que acontecera naquele dia, o pequeno Vincëz ficou aterrorizado, porém o terror não lhe afetou como anteriormente iria, o medo rapidamente se tornou raiva e determinação, ele estava determinado a fazer seu pai pagar pelo que havia feito e viu uma oportunidade crescendo, uma oportunidade para se tornar mais forte e causar em seu pai o mesmo sofrimento que sua irmã havia sentido e estava sentindo naquele momento, aquilo que ele mesmo havia sentido e o que sua mãe havia sentido.
Com um objetivo em mente, ele se voltou para os mais fortes que ele conhecia para que pudesse se tornar mais forte, os mesmos três delinquentes que havia conhecido e pediu que lhe tornassem mais forte, a resposta foi um silêncio vindo do que ele acreditava ser o líder, seguido risadas e ainda mais sofrimento por parte dos mesmos dois que haviam o feito anteriormente, porém ele não se importava, ele continuou diariamente enfrentando os mesmos delinquentes, ganhando mais habilidade enquanto tentava ao máximo se defender, até o ponto que conseguia fazê-lo, até o ponto em que a pessoa que havia caído foi um dos dois delinquentes ao invés dele, até o ponto em que o “líder” dos delinquentes dirigiu sua palavra à ele:
"Você quer ser forte?" Foram suas palavras "Somos muitos, pode se tornar mais forte se juntando conosco." Ele disse “Estes dois tem me importunado para se juntarem, mas não importa o quanto tentes, não ficarão mais fortes se forem afetados tão facilmente”
Ele ouviu as palavras daquela pessoa, não entendendo muito bem, então, aquela pessoa se dirigiu à ele novamente
“Então, quer se tornar mais forte?”
Vincëz apenas assentiu, com um sorriso determinado, que parecia ligeiramente não ser mais seu, um sorriso de determinação com um pouco de divertimento, imperceptível porém existente, e ao fazer tal, o líder dos delinquentes soltou uma pequena risada e jogou um embrulho de pano que estava carregando aos pés de Vincëz e novamente falou:
"Cuide bem dela e faça valer à pena." Foram suas novas palavras "Estaremos te esperando" Ele disse, antes de sair com um sorriso de ansiedade e levando consigo os dois outros delinquentes amedrontados, confusos com o que havia acontecido, enquanto Vincëz abre o embrulho de pano e descobre que há uma pequena adaga pouco ornamentada, porém Vincëz não reagiu mais como faria anteriormente, ele não entendeu o porque, porém a lâmina não o assustava, pelo contrário, ele sentia como se ela o convidasse, como se tivesse se re-encontrado como uma velha amiga, ele sentiu felicidade e determinação, e mais felicidade ainda por ter conseguido se defender dos delinquentes, o “líder” deles até mesmo havia convidado ele para se juntar! Ele precisava contar isso para sua irmã, então correu até sua casa, para mostrar que agora ele poderia protegê-la.
Essa foi sua pior escolha.
Ao chegar em casa, percebeu o silêncio estranho, não conseguia encontrar sua mãe em qualquer lugar, e então entrou no quarto de sua mãe, e suas memórias voltaram do que havia visto acontecer com sua mãe, porém, não era sua mãe que estava sendo violentada, era sua irmã. Aquilo foi à última gota, o ultimo fio que segurava sua mente em um estado relativamente estável havia sido cortado, e com ele, também foi a garganta de seu pai, Vincëz, em um ataque de raiva, retirou a arma que carregava consigo de seu embrulho e perfurou as costas de seu pai enquanto a escuridão em si o envolvia, rápido demais para que o mesmo pudesse reagir, e passou a rapidamente cortar e perfurar os locais onde havia aprendido serem mais dolorosos, enquanto a escuridão se movia graciosamente, como se dançando para uma música macabra, porém bela, as trevas pareciam se mover com ele, hipnotizada por seus movimentos e hipnotizando-o com seu poder, e finalmente enquanto seu pai estava se contorcendo no chão em uma poça de sangue obscurecida pela escuridão, gemendo por misericórdia, Vincëz cortou sua garganta, com uma adaga agora envolta por uma tenebrosa escuridão que se espalhou por seu pai até cobri-lo por completo e consumi-lo, porém, ele não estava chocado com o que tinha feito, ele estava feliz por ter acabado com tudo, com raiva pelo que aconteceu, e se deliciando com a imagem de seu pai que agora não era mais e com as sombras que pareciam estar encantadas pelo mesmo, pareciam amá-lo, sua feição, ao sentir tudo isso, era comparável às de demônios dos mais baixos níveis do inferno, enquanto isso, sua irmã estava chorando, aterrorizada pelo que presenciou e pelo que passou antes, então Vincëz se virou para sua irmã, que foi tomada por um terror maior ainda ao ver a imagem de seu irmão, ela gritou em desespero e correu em direção ao canto do quarto, e quando Vincëz percebeu, ele tentou se aproximar dela, porém ela gritou mais ainda e se encolheu no canto, tremendo de medo, então todas as emoções que Vincëz estava sentido foram transformadas em choque e arrependimento, para salvar sua irmã, ele se transformou em um monstro nos olhos dela, agora, o máximo que ele podia fazer por ela agora era deixá-la, então assim o fez, novamente embrulhou sua arma e andou em direção à janela ao lado de sua irmã, porém, a loucura tomou conta de sua irmã, que estava enfraquecida, antes de que pudesse sair, sua irmã se aproximou dele e estendeu sua pequena mão, como se o mundo em si estivesse às ordens dela, a adaga foi para sua mão, ignorando a resistência do embrulho, agora rasgado, e de sua mão, a pequena garota levou a adaga para seu próprio coração, com um sorriso que gelaria o equivalente à um coração de demônios dos mais baixos níveis do inferno, e assim o fez. Em desespero, Vincëz pegou sua adaga e fugiu, correu em direção ao único que parecia permanecer calmo durante todo o caos, em direção ao único que o aceitaria, o líder do que ele descobrira mais tarde ser um grande grupo que se estendia por toda Issylia.
Ao fugir e fugir, fugir do que havia se tornado, fugir do que era antes, do que havia feito, do que seu pai havia feito, de como sua irmã reagiu e de si mesmo, ele fugiu até encontrar aquele que o aceitaria, ele precisava, pois nem ele mesmo conseguia se aceitar. Ele fugiu até encontrar um local que o aceitaria, onde aquela pessoa residia, correu por horas, por tempo o suficiente para pensar e pensar no que havia acontecido e entender menos a cada segundo, e no ponto mais alto de sua confusão, ele parou em frente à um grande portão de uma casa que aparentava estar abandonada, desesperado e com seu rosto em lágrimas, a escuridão em si parecendo entristecer-se aos seus pés, ele abriu a porta para revelar uma quantidade respeitável de pessoas dentro, muitas conversando e felizes, e ao centro, sentado em uma grande caixa de madeira, a mesma figura que havia lhe dado esperanças anteriormente, o líder do grupo olhou para Vincëz, como se já tivesse entendido o que acontecera, e soltou um sorriso confortante dirigindo sua palavra à Vincëz novamente.
"Não se preocupe" Foram suas palavras "Agora tudo vai ficar bem" Ele disse, ao se levantar e colocar sua mão na cabeça de Vincëz "Venha, se junte à nós, estávamos esperando" Ele terminou, ainda com seu sorriso confortante
Naquele momento, a mente de Vincëz foi invadida por uma grande calmaria, as sombras o deixaram, o líder do que parecia ser um grande grupo lhe passava uma grande sensação de calmaria, e mesmo com tantos delinquentes e pessoas que foram excluídas pela sociedade, aquele ambiente passava uma sensação de segurança, como se ele tivesse nascido para estar lá. E por lá ficou por dias, semanas, aquele passou a ser como casa para ele, todos os delinquentes e excluídos, como família, ele aprendeu os valores com quais a gangue trabalhava, aprendeu a ser capaz de se virar no mundo e sobreviver, aprendeu a se manter calmo e segurar seu lado mais agressivo e as sombras, e, aprendeu também que não importa quem seja, ainda é uma pessoa. Olhando para o seu passado, esses foram os melhores dias de Vincëz, os mais divertidos, agitados, fora como se o lado agressivo que despertara não muito anteriormente tivesse adormecido, foram dias estranhamente calmos e amigáveis, todos pareciam possuir uma grande amizade com todos do grupo, um grupo feito por aqueles que não foram aceitos por ninguém, um grupo que aceita a todos, um grupo daqueles que entendem um ao outro e compreendem seus sentimentos, por tal motivo, o laço criado por todos foi o mais forte que poderia ser feito, o laço da compreensão e compaixão. Uma amizade daqueles que entendem e completam uns aos outros, os defeituosos e excluídos juntos, ligados por um único motivo, pois são aqueles que aceitam e desejam aceitação, as piores notas que juntas formam a mais bela das harmonias, Lied, sua nova família, formada a partir daqueles que nunca se encaixariam em nenhuma.
Porém, após um ano, seu lado agressivo voltou a surgir, as sombras estavam inquietas, e, mesmo que a aura calma do líder e o ambiente que Vincëz considerava como casa ajudassem a segurá-lo, ele passou a ser um perigo para muitos de seus companheiros, então foi tomado pelo líder como seu discípulo, o motivo era para que Vincëz pudesse aprender a controlar seu lado mais agressivo com alguém que conseguia acalmar tal lado, além de completar seu destino original no grupo, ele aprendeu a lutar e sobreviver com aquele considerado por muitos o líder mais forte de qualquer grupo de Issylia, mas também aprendeu sua filosofia seus segredos, a manipulação de vetores que também corria em seu sangue, usado brevemente por sua irmã, também foi ensinado no básico que deveria saber para sua idade pelo resto do grupo, além de escolher ser ensinado por especialistas de vários assuntos que faziam parte do grupo, com muito esforço aprendendo muito que poderia ser considerado "avançado" para sua idade.
Capaz de se segurar e convivendo mais com todos, ele aprendeu mais e mais que todos respeitavam o líder de forma impressionante, todos olhavam para ele como alguém de grande sabedoria, até o próprio Vincëz passara a pensar de tal forma, todos não pareciam receber suar ordens, mas sim aceitar suas sugestões, e o líder em si, parecia ser alguém com uma grande aura de autoridade e amizade ao mesmo tempo, ele não parecia se considerar um líder, mas sim um conselheiro, um pai ou até mesmo um grande amigo, parecia ser o laço inicial que permitiu que um lugar como aquele pudesse existir.
Com o decorrer do treinamento e tendo em mente suas descobertas, Vincëz passou a ficar curioso sobre o líder, sobre as intenções dele, seu passado e simplesmente o que ele era. Passou parte do seu tempo tentando decifrá-lo, e ficou a cada dia mais curioso do por que ele possuía uma aura tão calmante e como ele havia conseguido tantos subordinados, e por que tratava todos como iguais mesmo que os outros o tratassem como se fosse superior, então, no final de seu segundo ano de treinamento, indagou o líder sobre o motivo de ter criado Lied, tendo como resposta inicial uma leve risada, e então.
"Eu não criei ela, eu apenas aceitava todos aqueles que desejavam ser aceitados" foram suas palavras "eu nunca procurei ser o líder de uma grupo como esse, eu vivo do meu modo, e aceito aqueles que desejam me seguir" Ele disse, antes de ser indagado por Vincëz sobre a adaga que havida dado à ele, que Vincëz havia tomado cuidado e deixado no melhor estado. "Ah, isso... Isso é um segredo, para você descobrir por si mesmo" Ele terminou, com seu sorriso confortante e pacífico.
Porém, mesmo que Lied não fosse um grupo criado por aqueles que procuram brigas, mesmo que seu motivo seja apenas aceitação, batalhas entre grupos independentes são inevitáveis, sejam essas de desejo mútuo ou não, pessoas se machucam e até perdem suas vidas, mas, Lied era considerado um dos mais poderosos e raramente tinha qualquer competição, na realidade, Lied possuía vários centros por toda Issylia, criados por aqueles por todo o país que desejavam também aceitação e um lugar para chamar de casa, porém, rapidamente, passaram a surgir inimigos que poderiam competir, máfias emergentes e outras gangues e grupos de grande porte, houve muitos conflitos e as batalhas contra estes eram comparáveis a guerras, muitos companheiros conseguidos foram perdidos ao longo do tempo, mas a gangue sempre continuou forte, pela honra dos companheiros perdidos e para que pudessem sempre ter um lugar que poderiam chamar de casa.
Ao decorrer de dois anos de conflito, um balanço foi se formando entre os três maiores grupos, Lied, Luftzug e Leidenschaft, entrando em um consentimento de que qualquer batalha travada por duas de quaisquer das três acabaria pior para todos, então uma aliança foi formada, chamada popularmente por El Divines e por um breve espaço de tempo, após todos os conflitos, houve paz.
Mas a política de Issylia estava mudando, o povo estava com medo dos acontecimentos por motivo da destruição dos Corações, o atual presidente decidiu que deveria limpar o mundo daqueles afetados e planejou uma grande guerra aberta contra o El Divines, para "Acabar com o mal que se espalhava pelas terras" era o slogan da operação. Aquele que deu as notícias foi Vincëz, e, após dar as notícias, o líder parecia estar visivelmente decepcionado
"Então precisa ser assim..." Foram suas palavras frias.
Em frente à crise, os 3 grupos se juntaram sob uma única bandeira que continha o nome SchlussLied, os 3 líderes sabiam que não iriam vencer, não havia como, mas deveriam pelo menos defender os locais que poderiam chamar de casa, iriam cair, sim, mas não cairiam sem derrubar nada, não seriam extintos sem deixar suas marcas, esse era o pensamentos dos 3 grupos, agora apenas uma única grande gangue que iria entrar na história como um dos maiores inimigos que a Alemanha já havia enfrentado.
Neste meio tempo houve uma grande quantidade de preparação, treinamentos duros e planejamentos intensos, uma difícil época de adaptação com as 3 gangues agora unidas, e uma pior ainda, pois todos sabiam que não havia forma de vencer a batalha que se aproximava mais a cada dia.
E a batalha se aproximou mais e mais, até que, sem cerimônia, a grande batalha estava à meramente dias de chegar, então o líder uniu todos originalmente de Lied para dirigir sua palavra à todos
"Logo estaremos fazendo parte de algo muito maior do que jamais imaginamos" Foram suas palavras "Não é possível de forma alguma vencermos a batalha que irá vir, então não culpo aqueles que desejarem desistir, não há esperanças." Ele disse, fechando seus olhos, com ligeira tristeza, então os abriu e olhou para a grande bandeira que estava pendurara atrás de si "Porém, mesmo que não possamos vencer, não iremos perder" Ele continuou, se virando para todos "Nós mostraremos o poder de nossos laços e protegeremos nossa casa até o último de nós, não há como vencer, mas não deixaremos que isso nos impeça de nos reunir aqui como sempre fizemos, não deixaremos que isso nos tire de nossa casa e nos afaste do que agora é nossa família, sim, nós não podemos vencer, mas nós vamos lutar, nós vamos lutar e ter certeza de que mesmo que nós não possamos vencer, ninguém poderá considerar o resultado uma derrota." ele continuou, e então elevou seu punho ao alto "A ULTIMA MELODIA TOCARÁ PARA SEMPRE" Ele finalizou, com um dos poucos momentos em que qualquer um o vira determinado, tão determinado que poderia convencer ambos aliados e inimigos de que a batalha seria vencida, porém um grande número ainda assim desistiu.
Porém, a batalha não foi vencida, mas não foi perdida tão pouco.
O dia havia chegado, todos estavam preparados e determinados, por todo o país, os membros de Schlusslied estavam prontos para lutar até o último homem, pelo lugar que poderiam chamar de casa, e então começou.
Soldados armados com inicialmente balas de borracha e escudos de manifestação rapidamente se jogaram contra a vasta quantidade de o que não mais eram delinquentes, mas guerreiros, protegendo aquilo que haviam decidido que valia mais que suas vidas, os primeiros soldados não duraram muito, haviam guerreiros demais, e o caos crescia pela cidade, enquanto ondas de soldados mais e mais armados e preparados chegavam com a missão de "limpar a cidade do mal que se alastrava pelas terras" até o momento em que guerra decidiu mostrar sua face verdadeira, soldados armados com balas reais e permissão para matar todos se espalhavam, um massacre inicialmente, porém os guerreiros não desistiriam tão facilmente, em pouco tempo chegaram os guerreiro dos outros dois grupos que faziam parte de Schlusslied, então rapidamente ambos os exércitos estavam de igual para igual, a elite dos guerreiros começara a agir, Vincëz, o Líder, que demonstrava poderes enormes, parecendo ser incapaz de sofrer ferimentos e controlar quase tudo à sua volta, e muitos outros que possuíam grande habilidade foram para o meio da batalha, com grande sincronia diminuindo o número de soldados com movimentos rápidos e eficientes, o massacre voltara, em ambos os lados, porém, o numero de guerreiros era grande, mas o de soldados aumentava enquanto chegavam mais e mais reforços, mas, estes não tinham nada do amor que os guerreiros tinham pela sua causa, os números de ambos os lados diminuíam igualmente, o de guerreiros com seu grande número e o dos soldados com seus reforços, ao decorrer da batalha, muitos que simpatizavam com os ideais dos guerreiros não conseguiram ficar sentados observando o massacre, e muitos soldados simplesmente não conseguiam mais continuar com o massacre, porém, não existem heróis, e aquele que para muitos provava isso estar errado.. Caiu. Enquanto era possível continuar desabilitando seus inimigos enquanto se estava no meio deles, distanciamento o suficiente pode se provar fatal, e não demorou a acontecer com o líder, seu poder era incrível e sua maestria sobre ele era admirável, porém mesmo seu controle de vetores não conseguira parar por mais de meia hora o grande número de ataques que vinha em sua direção constantemente.
Porém, a vida dele foi perdida protegendo o lar então seus seguidores não iriam fazer menos, e menos não fizeram, sem chances de vencer, com seus números diminuindo mais e mais, eles lutaram e resistiram, provaram ser muito mais do que inicialmente estimado, a guerra estava custando muito mais do que inicialmente antecipado seria um perigo imenso continuar daquela forma, porém não poderia parar, todo o mundo estaria em perigo, porém, por uma cruel ironia do destino, um conselho de generais acreditava que o presidente estava indo longe demais, que havia sido afetado pela loucura, e decidiu tomar conta dele, dando o incidente como "danos colaterais" e a guerra acabou prematuramente, mas, mesmo que muitos tivessem sobrado, não eram mais do que uma sombra do que originalmente era, a batalha não havia sido uma derrota, mas não podia ser considerada uma vitória. Felizmente, o conflito parecia ter se encerrado, pelo menos, temporariamente. A semana que seguiu foi devotada à despedida daqueles que se foram e a ascensão de Vincëz como segundo em comando para líder de Lied, e a nossa história acaba após o discurso de despedida daqueles que se foram:
"Nós perdemos muitos" Foram suas palavras "Nós perdemos aquele que havia nos juntado inicialmente, aquele que fazia este lar ser o que é, perdemos muitos dos que viviam neste lar e perdemos a segurança que este lar nos trazia" Ele disse, fez uma breve pause e continuou. "Este já não é mais o meu lar, mas sim o meu objetivo, eu não participarei da cerimônia de ascensão, meu objetivo não é ser o líder de uma gangue, meu objetivo é encontrar o meu lar, alguém que possua a mesma aura do nosso falecido líder, e não tomar o lugar dele" Ele continuou, soltando um breve suspiro. "Mas, todos aqueles que estiverem à procura de um lar, todos que querem ser aceitos e que podem aceitar, não os impedirei de me seguir" Ele finalizou, então pegou o par de adagas que iriam ser colocadas com o corpo do líder, correu em direção à janela mais próxima.
"Se conseguirem" Foram suas palavras, ao pular e desaparecer rapidamente.