Jardins de Antheia

Ele assente.
- Seria uma completa desfeita com os Lennox se não fosse, considerando que estou em Ekalyon e o quanto a família já auxiliou a coroa pela história. - ele diz, como se recitasse um texto decorado. - Não que eles se importem muito, sinceramente, pois podem se dar ao luxo de desconsiderar a opinião alheia, mas se está ao meu alcance evitar um clima ruim, assim o farei. - ele continua, dessa vez mais autêntico.

Ela solta uma risada doce e olha para ele.
-Está aprendendo, muito bem. Só precisa ser um pouco mais espontâneo. - Ela diz e brinca com as pétalas das flores e olha para ele. - Como vão as coisas com sua irmã? Complicadas como sempre?

Ele suspira pesadamente, meio sem graça.
- Na mesma medida que eu pareço melhorar, mais ela parece se irritar. - ele fala em tom derrotado. - Eu não gostaria que as coisas continuassem assim, mas se for o único jeito de conviver prefiro me distanciar do palácio.

Ela segura o buquê com uma mão e, com a que estava livre, segura a mão dele, apertando de leve.
-Você sabe que fugir do problema não é a solução.- Ela diz, numa voz firme, mas não sem preocupação. -E que eu estou aqui para ajudá-lo, não é?

Ele aperta a mão dela.
- Não estou fugindo, estou evitando. - ele corrige, tentando melhorar o humor da conversa. - Mas, você está certa, eu só temo a conclusão que essa tensão possa ter na família.

-Torcemos então para que a distância a acalme.- Ela sorri.- Você sabe que amanhã terá de aturar a exibição da minha mãe não é?- Ela pergunta, rindo.

Ele acompanha-a na risada.
- Acho que às vezes você se esquece que sou de Aurelis, exposição tem sido minha vida inteira! - ele responde. - Mas ficarei contente em agradar a ministra de Groundus.

Ela roda os olhos.
- Você não sabe o que está pedindo.- Ela diz e subitamente para de andar, inalando.- Esse cheiro... crepe?

Ele tenta captar o cheiro também.
- Parece com! Gostaria de dar uma olhada?

- Eu adoraria!- Ela diz é vai andando na direção do cheiro, sendo seus ouvidos logo enchidos com uma bela música de violino. Ela sorri.

Ele pede que sejam preparados dois crepes, em forma similar à casquinhas de sorvete.
- Do que vai querer o seu, Clary?

- Queijo, manjericão e tomate, por favor. -Ela diz, aproveitando e tirando um recipiente da bolsa,, um álcool em gel para as mãos.- E para bebida, um suco de morango seria ótimo.

Ele pede um semelhante ao de Clarisse e, quando ficam prontos, entrega o dela e pede os respectivos refrescos - um de morango e um de limão.
- Quer ir escutar a música enquanto comemos? Percebi que estava gostando.

Ela sorri e faz que sim com a cabeça.
-Sim, seria ótimo. -Ela diz, dando uma mordida no crepe.

Ele come também e se dirigem para onde Chloe estava tocando.

Ela senta-se num banco e escuta enquanto Chloe toca, comendo em silêncio.

- Alguma ideia de qual será nossa primeira aula amanhã? - ele pergunta. - Não prestei atenção à nova grade.
"Não precisava de uma, mas fazer o quê." ele reclama mentalmente.

Ela lança um olhar censurador para ele e balança a cabeça.
- Temos criaturas mágicas pela manhã e a aula de campo durante a tarde. - Ela diz, limpando a boca delicadamente com um guardanapo.- Confesso que estou um pouco nervosa para a segunda.

Ele sorri para Clarisse.
- Bem, quanto a segunda, se você for a professora tenho certeza que não vou precisar me preocupar com nada quanto a conteúdo. - ele diz, tentando tranquilizá-la.

Ela balança a cabeça e dá uma última mordida no seu crepe, limpando a boca com o guardanapo e jogando-o e a embalagem e o papel no lixo. Em seguida, ela pega o álcool gel novamente e passe nas mãos, retirando os resquícios de óleo.
-Não vá achando que vou facilitar só porque é você, ouviu?

Ele termina de comer seu crepe, olhando para Clarisse.
- Bem, eu não me importaria de receber aulas extras.

- E eu não me importaria em ministrá-las.- Ela responde e oferece a ele um pouco do álcool.

Ele agradece e pega um pouco, limpando as mãos.
- Era o que eu estava esperando, talvez até mate uma aula ou duas em busca desse auxílio. - ele diz com um sorriso travesso nos lábios.



Ela aproveitava a música, até que seus olhos vêem Leonard, ficando pálida e se apressando para sair dali junto de Lif.

Ela franze o cenho e cruza os braços.
-Não senhor, você vai à todas as aulas e as extras serão nos tempos livres e nos fins de semana!

Ela faz uma carinha triste.
- Lá se vai minha desculpa para dormir e ter uma bela professora me esperando.



Ele chega junto de Sophie.
- Parece que já está acabando, mas tenho certeza de que até o fim da tarde continuarão com a atividade. Temos algum tempo sobrando para explorar.