Área de Treino

Ela estava na desvantagem, sabia bem disso: Veles logo desapareceria, e sem ele, ela ficaria facilmente a mercê de Abel. Não podia usar seu outro poder, e mesmo que pudesse probabilidade não era, exatamente, o mais indicado ao combate. Então, aproveitando a lentidão dos ataques, Veles faz seu caminho até a ponta do campo, enquanto Tyche desviavas da fileira de ossos e, gira, pegando impulso e lançando a arma na direção de Abel.


Girando os Chakrams, ela avança contra Aniya, os passos graciosos como uma bailarina, aproximando-se o suficiente para desferir uma série de ataques rápidos.


Assim como o chão se tornara gelo, uma parede surge entre ele e Rachel, fina, que se estilhaçou com a força do chute- que era exatamente o objetivo. Com os estilhaços ainda no ar, ele os manipula para irem em direção as mãos de Rachel, como agulhas afiadas.

Ele podia sentir os músculos da face se movendo bem para formar um sorriso, tirando sua atenção de Veles que se dirigia para o outro canto do campo para se concentrar na arma lançada contra si pela prima - parecia um ataque desesperado e, em condições normais de luta, ele tomaria mais cuidado, mas não quando o exercício se limitava a deixar o adversário sem arma em mãos. Ele se adianta, procurando bloquear a arma lançada com um trio de ossos que emerge de seu antebraço como um escudo.



Ela tem tempo apenas para levantar os braços para proteger o rosto, vacilando na mão que estava  segurando a adaga enquanto procurava conjurar uma parede de vento que a mantivesse no ar e mudasse sua trajetória.

Ele desfaz os pequenos cacos de gelo para não ser atingido, mas o vacilo de Rachel não lhe passa despercebido, e com um movimento rápido ele usa o próprio vento para impulsionar um golpe em direção da mão que segurava a adaga.

Ela cai sobre um dos joelhos no chão, mas uma coisa deixava evidente que não havia conseguido desviar do golpe de Atsuya: a ausência da adaga em suas mãos, que caía do outro lado com um barulho metálico sobre as pedras do chão. Ao levantar-se, ela solta um suspiro pesado.

Ele olha para Rachel e se aproxima, estendendo uma mão em cumprimento.

- Excelente luta, Rochernfall. Você é extremamente habilidosa. - Elogia, e não era mentira, ou algo para fazê-la sentir-se melhor, Atsuya não era uma de elogiar simplesmente para aliviar o ego de alguém.

Ela ouve Atsuya se dirigir a si e o encara de cima a baixo, como se tentasse distinguir a natureza dos elogios: se eram vexatórios, cinicos, ou, bem, simplesmente sinceros. A forma como os proferiu não traiu nenhuma das primeiras alternativas, então aceitaria como sinceros.

- Um ex-capitão de Ekalyon também não é nada mal. - ela diz. - Ficarei esperando pela próxima aula.



Ela faz os ossos dos braços se projetarem para fora e formarem um escudo, com o objetivo de conter os avanços de Jocelyn, enquanto se agacha para aplicar-lhe uma banda, na esperança de tirar seu balanço.

- Igualmente. - Ele cumprimenta-a com um breve aceno de cabeça, antes de se retirar com os que iam finalizando os combates.


O ataque de Aniya à suas pernas funciona, e, atingida, perde o equilíbrio, mas sua reação é rápida: Jocelyn coloca a força em um pé e propulsiona-se para trás com um cambalhota, caindo com os dois pés e reganhando o equilíbrio, desferindo em seguida uma série de ataques à Aniya em ritmo, cada vez mais rápido.

Ela sente grande dificuldade em acompanhar os golpes de Jocelyn, até que começa a entender o padrões deles como... em uma música? Podia jurar que já havia escutado aquela batida em algum canto, e daí reagir se tornara mais fácil: se meramente aparar os ataques não lhe garantia uma brecha, ela precisaria fazer outra coisa.

Quando o próximo golpe de Jocelyn vinha na direção dos os ossos de seu braço que lhe serviam de escudo, ela faz eles se abrirem o suficiente para permitir que uma brecha da arma passassem, rapidamente fechando-a de novo para prender o chakram. Em seguida ela gira no intuito de torcer o braço de Jocelyn e forçá-la a largar a arma.

Ela não estava esperando pelo movimento de Aniya em prender seu chakram, arregalando de leve os olhos- uma surpresa, e a qual ela não conseguiu recuperar- se a tempo, tendo o braço torcido e soltando o chakram por instinto.

- Boa.- Ela diz com um breve sorriso após se soltar e reganhar o equilíbrio, rodando um pouco braço.

- Espero não ter machucado! - ela responde logo, se aproximando e examinando o braço de Jocelyn, com uma expressão levemente preocupada no rosto. - E posso dizer a mesma coisa quanto à série de ataques! Por pouco não pude acompanhar.

- Nah, nada pior do que quando eu luto com meu irmão! - Ela afirma com uma risada, abrindo um sorriso largo.- Vai melhorar em pouco tempo! E mesmo? Acho que da próxima vez terei que escolher um música mais obscura do que Follow the Beat. - Balança a cabeça, relembrando da música de sucesso que nos últimos dois meses não parava de tocar nas estações de rádio.

Ele pega a lançar da prima, que jazia caída atras de si após ter errado eu alvo, e gira ela entre a mão e o pulso enquanto se aproxima, um sorriso vitorioso no rosto.
- Usar o bambi não parece ter sido da s melhores ideias.


Ele observa as duplas terminando e faz anotações mentais dos resultados, liberando os alunos para que saíssem de sala.

- O nome dele é Veles!! - Ela corrige, o nariz retorcendo-se, mas logo em seguida abrindo um sorriso.- Vamos ver como vai ser você na próxima sem poder usar os ossinhos, Bebel.- E com isso ela sai da sala junto aos outros, rindo.

Os alunos de Mental e Manual chegam, com os de Manual, já sabendo o que fazer, se trocando para trajes da aula.

Os alunos de Manual e Mental chegam, os primeiros indo trocarem-se. Ela aparece logo depois, sorrindo.

-Bom dia, pessoal! Sejam bem vindos a mais uma aula de defesa!- Cumpriementa-os com entusiasmo, tentando levantar o astral dos que pareciam mais abatidos e com sono.

Ela escuta a professora, mas não deixa de olhar para os lados, distinguindo facilmente os alunos de Manual e se perguntando porquê as duas turmas teriam aulas juntas. Claro, o teste envolvendo alunos de todas as turmas iria requerer isso, mas algo tão diferente como prática de combate do cotidiano dos alunos de Mental?

- Depois dos acontecimentos do ano anterior, foi decidido pelo Conselho que toda as turmas deveriam ter um mínimo de prática em combate, ainda que, no caso de Mental, será focado na defesa. Então, vão colocar os trajes de combate para podermos começar os exercícios! Eles estarão sendo distribuídos cada qual com seu nome e tamanho apropriado.

Os alunos de Mental assentem e fazem como pedido: se retiram para o vestiário, onde um número certo de vestimentos parecia separado para eles. As únicas diferenças para os modelos de Manual e Especial era que as letras costuradas para indicar o curso, um M cursivo, eram douradas, assim como se supunha que os trajes de Natural o seriam. Logo que terminaram, retornam para a presença dos professores.

Aos poucos, os alunos de Mental vão retornando do vestiário já com o traje de combate, acabando por se distraírem e conversarem enquanto aguardam os outros. Quando todos já estavam de volta, ela bTe palmas, chamando à atenção deles.

- Hoje vamos treinar defesa mágica. Sendo assim, cada um de vocês sofrerá uma série de ataques meus e terá de se defender da melhor maneira que conseguirem. Alguém se voluntaria a ir primeiro?

Ela levanta a mão e põe-se à frente, sorrindo largamente na direção da mãe.
- Vamos pegar leve, ok? - ela sugere, ficando à espera do ataque.




Com os alunos de Manual já prontos, ele observa alguns dos ausentes do dia anterior, mas se restringe de comentar porque, no momento, ele devia atuar como professor, e não responsável deles.

- Muito bem, a atividade que desenvolvemos ontem envolveu lutas um a um em que o objetivo é simplesmente desarmar o adversário primeiro. No entanto, o desafio é que utilizem apenas um de seus poderes. - ele explica, e então fita os alunos. - Considerando que nem todos estava presentes, vamos dar continuidade à atividade. Ao final, direi a cada um suas falhas e no que acertaram, para que possam trabalhar nisso no próximo exercício.

Ela arqueia uma sobrancelha para Sora, mas sorri e acena com a cabeça. Se fosse por ela, teria liberado os guardiões das aulas da manhã, não conseguia imaginar que teriam uma produção desejável quando estavam próximos a exaustão. 

- Kaze no Yaiba- Da ponta de seus dedos surgem lâminas cortantes de vento, várias, como uma rede afiada e indo em direção à filha. Vento contra vento, e como era uma usuária mais poderosa e experiente. Sora não poderia simplesmente desfazer as lâminas.


Aproximando-se da parede onde as armas estavam penduradas, selecionou uma espada curvada, testando seu balanço com uma das mãos. A expressão era distante, quase solene, tão incomum para si; a ligação do pai exigindo vê-los em casa para jantar foi inesperada, mas mais ainda fora o tom do pai que, para os padrões dele, beirava ao inseguro. Aegon não conseguia conter a aflição que aflorava diante da questão do o quê exatamente poderia ter acontecido para desestabilizar Rhaegar.

Precisava tirar isso da cabeça, pelo menos até os assuntos da tarde estarem resolvidos. Precisava lutar. Não era isso que sempre fazia, afinal, recorrer ao calor an batalha e a violência?, pensou com ironia, aproximando-se Demitri.

- A fim de uma pequena luta amistosa?- Convidou o colega com um sorriso mais relaxado, rodando a espada com uma das mãos.

Sabia que não estava em condições minimamente necessárias para sequer opor um desafio à mãe, mas seu racicío era o de o quão mais cedo tentasse, mais cedo acabaria e poderia descansar recostada em um canto. Enquanto portadora do mesmo elemento, ela conseguiu formular uma estratégia mínima: se a grande vantagem dos ataques era a dificuldade de distingui-los, precisava criar uma forma de enxergá-los para poder se desviar.

- Vamos lá! - ela exclama, criando barreiras de areia a diferentes distâncias de si. Não era o melhor material para efetivamente defender alguma coisa, mas pelo menos assim poderia enxergar a trajetória do ataque e, na melhor das hipóteses, enfraquecê-lo. Assim, ela consegue desviar da maioria com mais facilidade, mas não deixa de ganhar os arranhões que raspam a roupa de treino, indicando que fora atingida quando a reação era lenta demais, mas que logo em seguida pareciam se costurar sozinhos.



Estava próximo de onde as armas ficavam, analisando os modelos disponíveis e pensando qual lhe parecia mais adequado para a aula: algo que fosse pesado ou requeresse ocupar as duas mãos estava imediatamente fora, mas achava essa parte ao menos óbvia.

- Mas é claro. - ele responde depois que Aegon se aproxima, abrindo um sorriso, animado na medida que podia. Empunhando dois sais para a batalha.

- Foi uma boa saída, Sora, mas ainda precisa melhorar seu tempo de reação, está demorando demais para responder quando o ataque está em cima, mas não é completamente indefensável ou impossível de se desviar.- Afirma, mandando a filha sair para dar lugar ao próximo.- Próximo!


Ela aproxima-se e adquire uma instância defensiva, preparando-se para o ataque de Yui, que logo em seguida vem: esferas de vento rodando como tornados, lançadas em sua direção. Invocando a água, Phoebe cria "canais" e envolve algumas das esferas, diminuindo suas velocidades, mas é pega de surpresa quando algumas desviam de seus ataques, uma pegando-a de raspão no braço e outra na perna, com uma terceira barrada por um escudo d'água.


- Nada mal, mas precisa melhorar a velocidade na qual se adapta a uma situação inesperada adversa, senhorita Lennox.- Ou pelo menos, uma da qual não possa sair falando. Yui tinha certeza de que se a garota pudesse falar, sairia de quase todas as situações.- Próximo!


Ele devolveu o sorriso, assumindo um posição de combate, a espada firme em mãos. Só esperou Demitri assumir a posição antes de atacar, usando fogo para se propulsionar para frente e revestir a lâmina da espada.


Sorriu ao ver um par de facas disposto entre as armas uma ideia se formando em sua mente. A juventude  passada num lugar relativamente perigoso de Aurelis havia lhe ensinado luta mão a mão e com facas, mas não com outros tipos de armas. Segurando-a, aproximou-se de Michélle, sorrindo de sua forma convencida.

- Então, não conseguimos terminar nossa conversa ontem. Importa-se de continuá-la enquanto "dançamos"?- Não era muito distante, comparar lutas com danças, por sua experiência.

Ele opta por usar o tempo como o poder para o combate, parando o seu andamento no momento em que viu Aegon avançar, saindo de seu caminho e ficando ao seu lado, deixando-o retornar ao movimento em seguida e desferindo um ataque contra o inimigo, esperando se aproveitar da surpresa para acertá-lo.



Por sua vez, ela ocupava-se analisando um sabre de esgrima, uma das armas sobre a qual havia adquirido certa maestria, e chegando à conclusão de que, mesmo se realmente tentasse perfurar alguém com isso, faria pouco ou nenhum efeito - nada que pudesse impedi-la de afiá-lo si mesma, mas supunha não ter desafeto grande o suficiente para tentá-lo.

Suas convicções foram logo abaladas pela aproximação de Lucan Fawley. Pela deusa, aquele menino não fechava a boca?

- Mesmo s- - ela começa, a paciência faltando, até que pisca, como se uma ideia tivesse passado pela sua cabeça. - Vamos ver se consegue me acompanhar. - ela opta por responder, entrando em posição de batalha com o sabr à postos.