Torre Sul

Ele senta num dos bancos e, enquanto espera pela Ashe, fica brincando com bolas de fogo e metal como se fossem malabares.

Ela chega e olha para os malabarismos de Aegon.
- Vejo que está se divertindo.

Ele imediatamente desfaz as esferas e se levanta.
- Um garoto tem que se divertir com algo enquanto espera sua dama. - Ele diz a abrindo um largo sorriso.

Ela roda os olhos.
- Chegou cedo, imagino que tenha fugido da aula. - ela comenta, com um sorriso cínico no rosto. - Não conseguiu esperar?

Ele cruza os braços.
- Para sua informação, eu não fugi da aula. Não tenho culpa se eu tenho um físico melhor que muitos e termino mais rápido.- Ele se defende e aponta para si mesmo, mas abre um sorriso galanteador.- Claro que encontrar você depois foi um incentivo para para terminar mais rápido também.

- Espero que toda essa energia não se esvaia rápido. - ela retruca. - Mas, vamos direto ao ponto. Se ficou em Ekalyon nos últimos meses, deve ter notado alguma coisa estranha.

O sorriso dele desaparece, assumindo uma expressão mais séria.
- Depende do que você considera estranho. O silêncio é inatividade dos radicais?

Ela arqueia uma sobrancelha.
- Radicais? - ela dá de ombros. - Mas acertou, em parte. - ela continua. - Qualquer atividade que possa ser associada aos Rozencreux não foi detectada nos dois últimos meses, algo que as nossas defesas comemoram. - ela roda os olhos "Otimistas demais". - Mas, ao mesmo tempo, esse novo... culto começa a se tornar mais e mais famoso.

Ele franze o cenho.
- A falta de atividade deveria ser, em si, uma bandeira vermelha e motivo para ficar atentos. -Ele afirma, recordando-se na parede.- Que tipo culto se refere?

- Não faço ideia, e isso é mais estranho ainda. - ela responde. - Pelo que soube, nem Aurelis está livre dessa "febre" e, considerando a fama de lá, mostra-se mais forte do que algo simplesmente passageiro ou modista. - ela continua. - Do que recolhi, é um discurso que promete salvação e purificação dos fiéis, do quê não sei.

Ele apenas balança a cabeça em concordância.
- Se esse culto já chegou a Ekalyon, ainda não se espalhou por todo o reino, meu pai teria comentado se "hereges" surgissem em Vulcanus.- Ele torce o nariz ao mencionar Rhaegar.- Acha que pode estar conectado a inatividade dos Rozencreux?

Ela assente com a cabeça, se apoiando na borda do muro.
- Se não diretamente, quer dizer que estão, no mínimo, cautelosos quanto a ele. E se eles estão recolhendo informação, não dou muito tempo para agirem: seja contra, ou a favor do culto.

- E você precisa da minha ajuda de algum modo, certo?

- Não é como se eu pudesse envolver a embaixada de Loriath ou o exército de Ekalyon por uma simples suspeitas, né? - ela responde. "Até porque, provavelmente iriam me mandar aproveitar o tempo de paz, blá blá blá" - Sem nenhum apoio desses, as alternativas que sobram são os alunos daqui. Você, incluído.

Ele levanta o polegar para ela e sorri.
- Pode contar comigo. Quem mais tem em mente?

- Bem... - ela começa, cautelosamente.

Ele levanta as mãos.
- Nada de Aelroths, nada de Aelroths, Ashe. Atenção demais, pelo amor dos deuses. -Ele diz, quase implorando "E nada de competição para mim."

Ela bufa pesadamente.
- Tem isso a se considerar sim, mas a questão é que são de confiança, e não misturam amizade com dever. - ela responde. - E se não eles, quem você tem em mente?

Ele solta um suspiro.
- Só não meta o mais novo no meio, ele vai mais atrapalhar do que ajudar. -Ele diz e coloca as mãos no bolso.- Pensei na Valary, na Esther e no Robb. -Ele pausa e engole em seco.- E o Atsuya, se quiser alguém mais forte e experiente.

- Com todo respeito, a srta. Von Crimson iria continuar sugerindo que chamássemos as autoridades ao primeiro sinal de perigo. - ela resmunga. - Não que a maior parte de Loriath fosse fazer diferente, só mudando o nível no qual iniciariam o mesmo processo, mas não enxergam que as circunstâncias são diferentes. - ela responde. - Quanto aos outros, não são ruins. Esse ex-capitão, será que consegue convencê-lo?

Ele vira a cabeça a cabeça de um lado para o outro e abre e fecha a boca.
- Eu posso tentar ou pedir a Cecille...? -Ele diz e dá de ombros. - Eu só posso tentar. E os novos alunos de Loriath, os Black?

- Você não escutou metade do que eu falei? Mesmo exato comportamento, só que provavelmente iria demorar mais até se renderem a oportunidade de envolver alguém mais experiente. - ela suspira. - Mas... não custa nada.

- Agora precisas reduzir o que já temos, ou pensa em mais alguém?