Ruas da Capital

Seus transporte a deixa na frente de uma mansão clássica de dois andares, com escadas de mármore branco, com um tapete vermelho lustroso levando à porta giratória de vidro e com o metal metal banhado à ouro, com quatro pilastras suportando. Pelas janelas, através de cortinas entreabertas de um rosa-avermelhado translúcido, podia se ver que era um salão de beleza. O Salão de Narciso, mais caro, prestigioso e o melhor do reino, onde só os ricos e os nobres conseguem um lugar.

Dispensando seus seguranças, ela entra no local, deparando-se com um hall de entrada largo, com o chão e um balcão da atendimento de mármore branco, com detalhes em cor de ouro rosa. Vasos elaborados estavam nos cantos do lugar, cheio de lírios e flores rosadas; nas paredes de ambos os lados havia afrescos clássicos, em tons claros, e algumas poltronas confortáveis de veludo vermelho nas quais mulheres sentavam, à espera.

- O nome é Charlotte Wynvernihs. - Ela diz para a atendente, uma mulher de cabelos curtos, cachos dourados e olhos azuis, com um óculos fino preto e vestida elegantemente com um tailleur branco com detalhes rosa. Ao conferir o nome e o registro fotográfico em um tablet, ela indica para Lotti sentar-se em uma das cadeiras e aguardar um pouco.

Ela chega até ali, lendo um pequeno bilhete que indicava um endereço. Ao levantar a cabeça e encarar a construção, ela confere por mais duas vezes o endereço.
"Aparentemente é aqui mesmo, para o meu desespero" ela pensa enquanto revira os olhos e procede a entrar pela porta giratória. "É bonito, admito, mas precisava de tudo isso?"

Ao entrar no salão já era mais do que esperado que atraísse olhares, afinal seu 'modelito' se destacava dentre as outras freguesas que esperavam pela sua vez. Aproximando-se da bancada, ela esperou até que a atendente lhe desse atenção, o que demorou mais tempo do que o normal, sendo atendida com um "Siim?" prolongado.
- Ashelia Raithwall. - ela responde e depois de alguns segundos processando a informação, a atendente responde gaguejando, pedindo que se sentasse.

Acompanhada por uma de suas guardas, ela chega pouca depois de Ashe, presenciado a cena que se seguiu, soltando um suspiro que se passava. Ao perceber que o foco das pessoas passava de Ashe para si, para a garota de vermelho e a atendente ao seu lado que usava o uniforme completo da guarda dos Gaerntheon, ela não consegue não olhar para baixo, constrangida. A passos rápidos elas aproxima-se do balcão, e nem precisa revelar seu nome - a mulher já sabia, e a recebia com um sorriso aberto, aparentemente já recuperada do susto com Ashe e voltando a sua faceta: "Lady Gaerntheon! É um prazer tê-la aqui conosco. Por favor, sente-se que já lhe chamamos."


Ela apenas concorda com a cabeça e vai sentar-se junto de Ashe e, ao ver que sua senhora já estava bem acomodada, a segurança faz um vênia e retira-se para esperá-la lá fora.

- Eu não gosto desse lugar. -Ela murmura para só Ashe ouvir.

Havia passado a maior parte dos - aparentemente - intermináveis minutos em que estivera sentada à espera imaginando possíveis cenários desastrosos, ao mesmo tempo em que calculava suas considerações para as instalações do salão nesses casos. Porta giratória? Pânico total. No fundo, já não sabia se preferia presenciar uma cena dessas a ter que passar a tarde ali.

Foi só quando ouviu alguém falando consigo que ela interrompeu suas maquinações, virando-se para dar de cara com ninguém menos que Daenerys, a irmã mais nova de Aegon. Não pôde deixar de esboçar um sorriso com o comentário feito.
- Posso entender o motivo. - ela respondo em mesmo tom, aproveitando para dar uma olhada em volta.

Ela para diante do salão, recebendo um olhar do guarda graças as roupas, que usava, mas, ao receber um olhar mortal, ele vira o rosto, incomodado. Erguendo a cabeça, ela ajusta sua jaqueta azul escura e empina o nariz, entrando no salão a passos largos, e qualquer um que ousasse lançar um olhar errado em sua direção era recebido com um olhar intimidante.

- O nome é Isla Black. - Ela fala logo para a secretária, nem sequer esperando ela perguntar ou recebê-la, sem paciência alguma para lidar com aquele tipo de gente. Ao ouvir o sobrenome, a atendente recua um pouco e, sobre o olhar fuzilante de Isla, solta um sorriso amarelo, pedindo para que espere.

Ela bufa, irritada, e lança um sorriso de escárnio para todos os que haviam lhe olhado torto. Ao ver Ashe, no entanto, ela imediatamente arruma a postura e assume uma expressão séria, caminhando até a princesa com calma.

- Alteza. - Ela diz fazendo um vênia respeitosa.

Ela nota o rebuliço com a entrada de Isla, soltando uma pequena bufada e apenas observando, levantando uma sobrancelha com a súbita mudança de postura da colega da nobreza.

- Black. - ela responde, mantendo um tom cordial, mas não deixando de cruzar os braços e fitá-la de modo repreendedor. - Precisava de tudo isso? - ela questiona-a.




Ela vai se aproximando do salão com passos elegantes, calçando o salto ameaçadoramente fino com o qual vestira na escola. Já devidamente banhada depois das aulas, ela ainda carregava algumas sacolas de compras com grifes caras estampadas na parte da frente: compras que já havia realizado por um catálogo, atualizando seu guarda-roupas com os modelos da estação em Ekalyon, uma mera rotina.

"Mas não é que alguns lugares aqui são de nível?" ela pensa ao dar uma bela olhada para o salão de cima a baixo, procedendo a entrar pela porta giratória e a dirigir-se para o balcão, não sem antes acenas para Isla, Ashelia e Daenerys - afinal, todas ali eram membros da nobreza, e não apenas colegas de escola.

- Desculpe pelo atraso, mas precisava colocar algumas coisas em dia. - ela começa, mal esperando a atendente levantar a cabeça para encará-la. Um sorriso frio começou a se abrir no rosto da funcionária, pronta para soltar a ladainha sobre como 'ela devia prestar atenção', etc. No entanto, antes mesmo de abrir a boca, ela continua. - Larrystein. Michélle Larrystein. - ela completa, apenas sorrindo docemente quando a atendente fecha a boca, apenas assentindo em resposta e se retirando para chamar os profissionais.

Em seguida, ela aproxima-se das outras, após deixar suas compras com um funcionário que havia se oferecido para guardá-las enquanto estava ali.
- Cheio hoje, não acham? - ela pergunta, com um sorriso no rosto.

Ela franze o cenho rapidamente, mas logo endireita a postura.
- É o protocolo. - Ela responde, relaxando um pouco e dando levemente de ombros, soltando um suspiro e vendo Michélle entrar, arqueando uma sobrancelha de forma não exatamente discreta. 


"Somos amiguinhas agora?", ela pensa, mas apenas solta um suspiro pesado e devolve o aceno da colega de quarto, mais pela presença das pessoas ao seu redor do que qualquer outra coisa.


Ela apenas olha para Michélle e retribui o aceno, por educação, já que Michélle não era uma conhecida sua. Ao vê-la se aproximando e ao ouvi-la falar, Daenerys abriu e fechou a boca, com vergonha de falar. Inspirando profundamente, ela junta coragem o suficiente para mostrar um sorriso tímido e gentil à recém-chegada.

- Sempre é cheio em dia de baile. - Ela afirma com a certeza de quem já fora ali várias vezes, na mesma situação. - Acredito que não fomos apresentadas ainda, Daenerys Gaerntheon. -Ela apresenta-se, erguendo-se para poder melhor cumprimentar Michélle.

Levou alguns segundos para que ela processasse a mensagem, no caso, a resposta de Daenerys, e por pouco o sorriso não morreu em seu rosto. Ela endireita a postura, ainda sustentando o sorriso, sem, no entanto, parecer forçado - pelo menos nisso ela fingia bem.

"Não estavam brincando quando disseram que vivia em uma torre" ela pensa, soltando uma leve risada.

- Ora, da turma de Manual! - ela exclama. - Claro, não fomos formalmente apresentadas, mas como não reconhecer os traços dos Gaerntheon? - ela comenta. - E o que achou do salão?

Ela solta um sorriso sem graça.
- Acredito que não seja para tanto. - Diz humildemente, juntando as mãos à frente do corpo.- Ah, eu já tinha vindo aqui antes em outras ocasiões, com a minha mãe. - Ao mencionar Aenya, sua face assume momentaneamente uma expressão de dor, uma ferida que ainda não estava completamente sarada, mas logo balança a cabeça e volta a sorrir.- Mas e você, o que está achando da Escola de Ekalyon, da aula da senhora Aergyris?

Ela escuta e vê a reação de Daenerys e franze o cenho, desviando o olhar, só voltando a prestar atenção quando a colega de turma lhe pergunta sobre sua opinião sobre a escola. Com isso, ela volta a cabeça para Dany.
- Oh, Ekalyon? Ela justifica-se como uma escola de referência, pelo menos agora quando comparo com os comentários dos anos anteriores. - ela responde, e pensa sobre as aulas de Equipamentos Mágicos. - Bem... ter aula com ela certamente é uma experiência única.

Ela solta uma risada com o comentário de Michélle.
- Certamente que é, e esse ano ela ainda está melhor do que no ano passado. - Assim que termina de falar, uma mulher aparece numa das aberturas do salão, chamando-a pelo nome. Ela rapidamente olha a hora em seu relógio, dourado e decorado com rubis e ônix pequenos, pega a delicada bolsa que levava consigo e lança um olhar de desculpas para Michélle e Ashe.- Aparentemente, está na minha hora. Até mais e foi um prazer conhecê-la, Michélle. - Termina de dizer com um sorriso gentil, para então seguir a mulher e desaparecer salão adentro.

- Tocando nesse mesmo assunto. - ela começa, depois de ver Dany se afastar para ser atendida. Do outro lado da sala, a recepcionista dirigia-lhe um sorriso amarelo, como se pedisse desculpas pela demora. Internamente, ela dava de ombros para a espera: a cadeira não era desconfortável e ela certamente mal podia esperar para ter seu cabelo puxado, receber críticas e 'dicas' caríssimas de "como reparar os danos do couro cabeludo". Referindo-se à Isla, ela continua com a fala. - Que está achando do reino?

"Fiz um combinado com  Aegon, e se ele está disposto a fazer a parte dele, não posso me recusar a cumprir com a minha" ela pensa, com o rosto ilegível.

Ela solta um suspiro, cruzando os braços.
- O Reino em si parece um lugar... bonito, mas nada comparado a Loriath e suas montanhas e florestas. E eu não consigo aceitar esses prédios! Não há fortificações, praticidade, planejamento para combate, não me espanta que a cidade tenha sido tão arrasada no conflito. Muito foco na estética e menos no que realmente importa- Ela fala, enfática, com um leve toque de desdém. - E o calor é terrível.

Ela ergue uma sobrancelha e uma sombra de um sorriso divertido apareceu em seu rosto. A sinceridade e, em parte, a simplicidade da lógica de pensamento de Isla quase lhe arrancaram uma risada.
- Existem muitos pontos nos quais concordo com você, mas acredito que não pelos mesmos motivos. - ela responde e por um minuto pensa, quase nostalgicamente, no clima e vegetação de Loriath: era mais frio, quase sem vida, se não olhasse pelo ângulo certo. - Contudo, em relação aos efeitos da batalha... Até eu tenho minhas dúvidas se Harnov sairia menos destruída, especialmente com a presença de 3 AS's em busca de causar a maior destruição possível. - ela retruca.

"Sem contar a presença dos Rozencreux, que pouco se importaram com as causalidades de suas ações" ela complementa, mas prefere não dizer.

- Se está com calor, devia experimentar tirar o casaco, ou comprar algo com tecido mais leve. Ajuda. - ela termina, depois de olhar Isla de cima para baixo. No entanto, antes que pudesse continuar, uma figura aparece entre as aberturas do salão e, cautelosamente, chama seu nome. Ela suspira, mas levanta-se. - Aparentemente, tenho de ir. Acredito que nos veremos mais tarde, até lá. - ela diz, se despedindo, e indo por onde era chamada.

Ao ouvir Ashe, os comentários sobre Harnov ela franze o cenho e torce um pouco o nariz, indignada. A ideia de que sua Harnov sofreria mais parecia-lhe completamente distante, impensável, e ter sua própria princesa falando isso a deixava indignada. Contudo, como uma boa soldada, ela não falou nada, apenas ouviu, as bochechas corando quando Ashe mencionou sua roupa.
Quando a princesa é chamada, ela cruza os braços e range os dentes, arrumando sua roupa e erguendo a cabeça, lançando um olhar fuzilante para a mulher do balcão, a mensagem clara: "Melhor não demorar muito"

Ela fazia algumas verificações em alguns catálogos que tinha consigo, quem sabe uma modificação de última hora? Tudo dependia de como estaria se sentindo, sem contar as coisas que compraria e não usaria até que saíssem de moda e apenas ocupassem espaço em um de seus closets.

- Então, o que está esperando do baile? - ela pergunta de maneira simpática à Isla, após Ashelia se afastar. Em parte, toda conversa sobre "segurança" já estava lhe enchendo a paciência.

Ela estreita os olhos com a fala de Michélle, imediatamente desconfiada da simpatia, morde a língua para não dizer alguma coisa na cara da companheira de quarto. Arranjar brigas com quem teria de viver pelo resto do tempo em Ekalyon não era uma atitude esperta, e mesmo Isla não queria arriscar uma convivência infernal em seu próprio quarto - embora fosse tentador. Então, descruza os braços e sorri de volta.

- Acho que a pergunta mais apropriada seria o que não esperar. Pelo que pude observar, estão se esforçando para que saia tudo "Perfeito". - Responde com calma, mas claramente não impressionada com os preparativos, ou, talvez, simplesmente impressionada com a ornamentação desnecessária deles.

Ela ri levemente com o comentário, mais pela lógica similar a que ela mesma possuía - o esforço de todo o planejamento lhe soava trivial, afinal, não é como se fossem superar as festas em Aurelis, estas que esbanjavam o mais fino gosto da aristocracia.

- Não esperaria menos da Conselheira Real. - ela continua. - Acha que vão conseguir satisfazer o gosto de uma Black? Ou apenas Loriath é capaz de tal feito? - ela pergunta, semicerrando os olhos.

- Faço a mesma pergunta! Será que vão conseguir satisfazer ao gosto de uma Larrystein, ou só a pompa de Aurelis é capaz de fazê-lo?- Ela retruca, abrindo um sorriso de canto como resposta ao cerramento dos olhos da garota a sua frente.

Ela recebe a resposta e não contém uma risada debochada, chegando a virar o rosto.
"Quanta elegância, mas não podia esperar nada melhor de uma militar" ela pensa.

- Se apenas Aurelis fosse capaz de tal feito, penso que a família já teria se mudado para lá há tempos, não é verdade? Ora ora. - ela responde, sem perder o tom sutil. - Certamente, é diferente quando se está rodeado por pessoas da mais alta casta social, portadores de uma elegância e sutileza natural, mas Ekalyon também possui seus pontos positivos: na maioria das vezes, posso conversar com vida inteligente! - ela termina, voltando a encarar Isla.

Uma sombra cai sobre seu rosto, e seus olhos rosados brilham perigosamente. Entretanto, seu sorriso não se desfaz, pelo contrário- ele se alarga, de um modo quase feral.
- Ora, eu jurava que sua família tinha se mudado pelo orgulho ferido de perder para uma Artwaltz e evitar os comentários! Me diz, sua mãe ainda tem dor de cotovelo? Papai sofre muito? - Ela continua em um tom de veludo, sem medo.- Pelo menos eu não tenho que lidar com o fato de que minha mãe preferia ter casado com outro todo o santo dia da minha vida. Na verdade, eu estou melhor sem ela! Não se pode dizer o mesmo de você certo? Que precisa de mamaezinha para tudo? - Ela solta uma risada debochada e seus lábios torcidos em um sorriso de escárnio.- E de fato, em Ekalyon pode se conversar com pessoas inteligentes! É uma pena que você não seja uma delas.

Ela ficaria para discutir mais, estava divertido, mas nesse momento a moça a chama, e ela se levanta, parando ao chegar ao lado de Michélle.
- Até mais tarde, Larrystein. Quebre uma unha, sim? - Ela diz e se retira pela porta adentro.

Ela apenas escuta Isla com um sorriso no rosto, afinal, havia conseguido o que queria - por mais que o tom se mantivesse, a compostura da colega de quarto estava destroçava pelo chão do salão. Como se não fosse com ela, Michélle dá uma olhada nas unhas, chegando a fazer beicinho.
- Quanta maldade, estão tão bonitas. - ela comenta.

"Antes depender de uma mãe do que desenvolver um complexo pelo abandono de uma, não é Black?" ela pensa, mas não externa e se limita a acenar enquanto Isla se retira.

- Uma pena o irmão ser até bonitinho. - ela comenta, estalando os dedos e vendo a atendente correr para chamar quem iria lhe atender, levantando-se e entrando por onde era chamada.

Ela levanta os olhos da revista que lia, olhando para o relógio e depois para a porta, e a expressão muda de preocupação pela demora da mãe em chegar. Contudo, ela é logo distraída pela conversa entre Michélle e Isla, próximas o suficiente para que conseguisse ouvir.
-Isso não foi legal. - Ela sussurra, colocando uma mão à frente da boca.

Em frente ao salão, uma 'pequena' comoção se iniciava. Aparentemente, de maneira descuidada ou prepotente, um luxuoso carro branco quase avançara na calçada pavimentada, por pouco não atropelando quem estava ali. Mais algumas pessoas haviam se aproximado, e, dentre algumas senhoras que impacientemente esperavam dentro do Salão de Narciso por uma vaga, também algumas cabeças surgiam nas janelas de vidro, espiando o acontecido.

Um chofer, visivelmente apressado e temeroso, desce rapidamente do carro e arruma seu uniforme: no peitoral direito, feito com fios de prata, um brasão com um Wynvernis denunciava de quem se tratava.




Não que isso lhe incomodasse, nem um pouco na verdade. Colocando uma perna de cada vez fora do carro, após ter a porta aberta para si, ela aceita graciosamente a ajuda para sair completamente do carro.

Levantando-se e olhando em volta, lá estava ela: trajava uma longa e lisa saia estampada, com a textura de ricas vinhas em um tom bordô sobre o fundo beige claro, e com uma generosa abertura na lateral, além de uma blusa de mangas compridas brancas que deixavam os ombros despidos. No pescoço, um lenço marrom tão fino que chegava a ser transparente, finalizando com um belíssimo par de saltos em tom de vinho nos pés. Se, depois de vê-la, as pessoas que estavam reunidas ali não continuavam, apressadamente com o seu caminho, outras engoliam na mesmo hora o que estavam falando. Uma figura conhecida, a Ministra de Hydrogus era famosa pela falta de limites quando sentia-se desrespeitada - o que não diz muita coisa, afinal, estamos nos referindo a uma antiga casa da nobreza, orgulhosa e extremamente poderosa dentro de Ekalyon.

Abrindo um sorriso com o silêncio estabelecido, sua expressão exalava o ar de "acho bom" aos que haviam ali se reunindo, então virando-se para o chofer que aguardava novas ordens.

- Vá na loja e pegue a encomenda que tenho. - ela comanda, de forma direta. - Quando voltar ao castelo, espero que esteja tudo em ordem.

Em seguida, ela se dirige ao salão, passando pela porta giratória e tendo
a atendente vindo lhe receber na frente do salão, com um grande sorriso no rosto e uma respeitosa vênia. Satisfeita, ela pergunta da filha e é indicada onde a jovem estava sentada.

- Charlotte, querida, como está? - ela pergunta ao se aproximar, abrindo um largo sorriso ao ver a filha, sem qualquer ideia do quão atrasada estaria.